Durante a Bahia Farm Show, Fabiano Perina, fitopatologista da Embrapa Bahia, realizou uma palestra sobre nematóides no sistema de produção do Matopiba, região agrícola localizada no cerrado brasileiro, que abrange partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
O termo Matopiba é um acrônimo formado pelas iniciais desses quatro estados.
A região é caracterizada por um clima tropical com duas estações bem definidas, uma chuvosa e outra seca, que favorece a produção agrícola. Além disso, conta com vastas áreas de cerrado, bioma que possui uma grande biodiversidade e que é considerado um importante polo de preservação ambiental no Brasil.
Outro tema interessante tratado foi sobre os nematoides, vermes microscópios que surgem no solo e em água doce e salgada, muitas vezes como parasitas de animais, insetos e plantas.
O Rotylenchulus reniformis é um tipo de nematoide que se fixa nas raízes das plantas e pode causar danos significativos à produção agrícola, afetando tanto a plantação de soja quanto a de algodão.
Quando o Rotylenchulus reniformis se fixa nas raízes, ele causa danos a elas, prejudicando a absorção de água e nutrientes. Isso pode levar a uma redução na produção das culturas e a uma diminuição da qualidade das sementes produzidas, o que afeta diretamente o crescimento e rendimento da safra.
A diminuição do número de Rotylenchulus reniformis na agricultura pode trazer vários benefícios, entre eles o aumento da produtividade das culturas de soja e algodão, já que as plantas serão capazes de absorver mais água e nutrientes do solo; e a redução da necessidade de uso de produtos químicos para o controle de pragas, o que pode ser benéfico tanto para a saúde do solo quanto para a saúde humana e ambiental.
Para diminuir a população de Rotylenchulus reniformis, os produtores podem adotar práticas como a rotação de culturas, o uso de variedades resistentes a nematoides e o manejo integrado de pragas. Essas práticas podem ajudar a reduzir o número de nematoides presentes no solo e a aumentar a produtividade das culturas de soja e algodão.
Na Bahia, eles fazem uma rotação entre soja, milho e algodão. O milho entra no meio por ser um plantio que não é afetado por esse nematoide, o que ajuda na redução dessa população no solo.