Um dos principais avanços da tecnologia foi reduzir o tamanho físico dos objetos, permitindo maior portabilidade aos usuários. Depois, o desafio foi transmitir informações com agilidade e na palma da nossa mão. No universo empresarial, isso não é diferente. Se em uma reunião de negócios, um executivo precisar de acesso a dados precisos e de forma rápida, como poderá fazê-lo sem uma base analítica, com informações históricas e relevantes? A resposta está a uma nuvem de distância.
Importante lembrar que a “nuvem”, neste contexto, pode ser compreendida de duas formas. Enquanto plataforma, ela representa um espaço em que são rodados aplicativos e serviços específicos, independente de conexão. E como host, que, em termos práticos, é o serviço de hospedagem na internet em que ficam armazenadas todas as informações que a empresa disponibilizar.
No agronegócio, as aplicações na nuvem, enquanto plataforma, são diversas, passando por análises de dados climáticos e de informações provenientes de sensores de ambiência, tudo em tempo real. Com sensores inteligentes, por exemplo, tanto o produtor rural quanto a agroindústria têm controle fino da produção de um lote de frango, conseguindo realizar qualquer ajuste e/ou mesmo antever perdas com base em dados históricos.
Neste contexto, a SAP, multinacional alemã líder no segmento de softwares, desenvolveu sua plataforma em nuvem. Ela permite maior agilidade no desenvolvimento de aplicativos empresariais, soluções personalizadas para coleta e análise de dados, além de tecnologias inovadoras como a de sensoriamento remoto. Isso tudo em uma única plataforma e com possibilidade de acesso mesmo em condições ruins de conectividade.
Para um empresário do agronegócio, que trabalha com inúmeras variáveis para suas tomadas de decisão, obter essas informações em qualquer local permite análises de sua produção e também de fatores do mercado, como valores de commodities e contatos de fornecedores, por exemplo.
Segundo analistas, até o ano de 2020, 78% das pequenas empresas norte-americanas já terão adotado a computação em nuvem, que é o serviço enquanto plataforma. Atualmente, o número está na casa de 37%, mostrando que essa tecnologia ultrapassou a escala de tendência e se tornou uma realidade no ambiente corporativo. Não utilizá-la pode reduzir as chances de competitividade, além de elevar custos operacionais.
Abordando um pouco a tecnologia enquanto host, uma empresa que não utiliza a computação em nuvem acaba por despender grande investimento com sua área de TI, seja com hardwares e datacenters. Outro fator prejudicial é que a atualização desses equipamentos é feita de forma manual, trazendo morosidade às atividades ou jornadas de trabalho fora do horário de expediente, além de menor velocidade na instalação de ferramentas atuais. São fatores que contribuem para que a empresa permaneça defasada em relação a seus concorrentes.
Por isso, quem busca inovações em nuvem, de uma forma geral, acompanha uma tendência de mercado, que procura cada vez mais reduzir custos, mas sem diminuir o fluxo de dados que circula diariamente em seus negócios. Assim, uma empresa não pode ficar atrás nesse aspecto, correndo o risco de perder competitividade em pouco tempo no dinâmico mercado do agronegócio.
Bruno Xavier, consultor da SPRO IT Solutions
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