Práticas ESG no agro já são uma realidade e podem tornar mais eficientes as operações no setor.
O Brasil é um dos protagonistas do cenário global do agronegócio, atuando como um dos líderes na produção e exportação de diversas commodities agrícolas do mundo. Mais do que isso, as projeções são promissoras: segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta-se para um crescimento superior a 20% na produção brasileira até 2030.
Nesse contexto, empresas de agronegócio que optarem por adotar estratégias e modelos de negócios alinhados às melhores práticas de ESG (do inglês Environmental, Social and Governance, que se refere a práticas alinhadas a uma responsabilidade Ambiental, Social e de Governança), estarão não apenas na vanguarda do mercado, mas também estabelecerão as bases para um crescimento sustentável e duradouro no setor.
Entenda, neste artigo, qual o desafio da implementação de práticas ESG e seus principais ganhos para o ramo agro.
ESG no agronegócio: uma relação promissora
Se há algo que o agro ensina é que o sucesso vai além do simples plantio, cuidado e colheita. Em um mundo onde a sustentabilidade e a responsabilidade se tornam imperativos, as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) emergem como catalisadores essenciais para otimizar a produtividade e redução de possíveis impactos ambientais ocasionados pelas cadeias de produção agro, indo desde pequenos produtores do campo até as complexas agroindústrias.
Implementar tecnologias e métodos que minimizem a pegada de carbono, promovam a eficiência no uso da água e ração e preservem a biodiversidade não apenas protegem o meio ambiente, mas também impulsionam a resiliência da operação diante das mudanças climáticas e podem trazer uma efetiva redução de custos operacionais se bem aplicadas.
Segundo estudos da Embrapa, por exemplo, numa produtividade média de 3.000 kg de soja por hectare são necessários cerca de 1.500 litros de água. Neste cenário desafiador do agronegócio, onde a gestão eficiente dos recursos naturais é essencial, as tecnologias desempenham um papel crucial na redução do consumo de água e outros recursos.
A força do pilar ambiental para uma produtividade eficiente
Diversas inovações têm surgido, visando não apenas otimizar a produtividade, mas também promover a sustentabilidade hídrica e ambiental em diferentes culturas e cadeias de produção. Temos, por exemplo, o surgimento das tecnologias de irrigação de precisão, que utilizam sensores e dispositivos IoT para monitorar a umidade do solo, as condições climáticas e as necessidades específicas das diferentes produções, tanto agrícolas quanto zootécnicas. São tecnologias que permitem a aplicação precisa da quantidade necessária de água, ração e outros insumos, as quais trabalham para reduzir os desperdícios e gastos excessivos.
Um exemplo é a técnica da agricultura de conservação, que engloba práticas como o plantio direto e a cobertura do solo. Essas técnicas ajudam a reter a umidade, reduzindo a evaporação e, consequentemente, a necessidade de irrigação frequente. Além disso, sistemas de captação e armazenamento de água da chuva têm se mostrado eficazes, proporcionando uma fonte adicional e sustentável de água para as atividades agrícolas e zootécnicas.
A implementação de sensores e drones no campo também desempenham um papel fundamental na gestão dos recursos naturais. Esses dispositivos podem mapear a distribuição da umidade no solo, identificar áreas com excesso ou falta de água e fornecer dados em tempo real para ajustar estratégias de irrigação. A automação e o uso de algoritmos inteligentes permitem a operação de sistemas de irrigação de forma otimizada e até autônomas, levando em consideração variáveis como temperatura, umidade e necessidades específicas de diferentes culturas.
ESG no centro das soluções SPRO
No que diz respeito à práticas ESG, o SPRO Group se destaca, uma vez que todas as soluções do seu portfólio têm aderência aos pilares do ESG, sobretudo o ambiental. Por meio do nosso portfólio, buscamos expressar nosso compromisso com o meio-ambiente na prática, demonstrando como a tecnologia pode ser uma poderosa aliada no desenvolvimento de uma produção sustentável.
A plataforma Central Agro, por exemplo, é especializada na gestão das cadeias de produção animal e agrícola e fornece suporte aos produtores e agroindústria como um todo para implementarem ou melhorarem suas práticas de gestão de recursos, ao mesmo tempo em que potencializam a inteligência operacional dos processos agropecuários.
Com ela, é possível fazer a identificação de fatores relacionados ao bem-estar animal através do sensoriamento remoto (qualidade da nutrição dos animais, temperatura adequada e diversas outras variáveis). Além disso, na Central Agro, é possível cruzar dados de diversas fontes, como satélites e fontes públicas de dados do governo, de forma centralizada e com maior intuitividade para que o usuário possa interpretar, de forma mais simples, as informações. Isso torna possível a demarcação das propriedades dos produtores, junto da verificação da existência de terras indígenas, áreas de preservação e áreas embargadas dentro da propriedade, o que torna possível auxiliar na preservação da integridade das matas e da biodiversidade.
Existem ainda soluções que podem atuar de forma integrada à plataforma, como a estação meteorológica BeWeather, que tem seu consumo enérgico alimentado a partir dos seus próprios painéis solares, dispensando o uso de energia elétrica de matriz convencional para o seu funcionamento. Além disso, por possuir um melhor controle de precisão sobre os dados climáticos e do solo, auxilia na gestão hídrica, evitando gastos desnecessários na irrigação.
Outra importante solução composta de hardware e software é o BeMetrics que, a partir da telemetria, fornece dados que permitem calcular a pegada de carbono, contribuindo para uma agricultura mais sustentável.
Ainda nessa questão do monitoramento remoto, os sensores da linha E-Wise auxiliam no processo de captura de dados de elementos ambientais como CO2, umidade, temperatura e luminosidade, além de contribuírem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e do desperdício de ração e água.
Em relação ao pilar de Governança, a SPRO implementa o mais avançado sistema de gestão ERP do mercado, SAP S/4HANA, que otimiza processos, integra informações e automatiza de ponta a ponta cadeias de produtividade de empresas agro, contribuindo significativamente para a governança de todas as suas áreas e compliance.
De maneira geral, os pilares ESG passam de uma mera tendencia e se tornam uma realidade no futuro do agro global por diversos motivos.
Veja abaixo, em números, o impacto ambiental das soluções SPRO voltadas para o setor avícola:
Essas tecnologias exemplificam o nosso crescente comprometimento no desenvolvimento de inovações para o agro, que são voltadas para a responsabilidade ambiental e que também trabalhem para fortalecer e reconhecer a importância de equilibrar o desenvolvimento econômico com o respeito ao meio ambiente e ao bem-estar das comunidades envolvidas, alinhadas também ao pilar “S” de Social.
De maneira geral, os pilares ESG passam de uma mera tendencia e se tornam uma realidade no futuro do agro global por diversos motivos.
Confira a seguir 4 deles:
Eficiência operacional aprimorada: as práticas ESG não são apenas um ato de responsabilidade, mas também impulsionam a eficiência, reduzindo custos operacionais e aumentando a rentabilidade.
Resiliência diante das mudanças climáticas: em um cenário de mudanças climáticas constantes, provocadas pelo aquecimento global e outros impactos climáticos mundiais, a adaptação é a chave. Com a maior aderência de práticas ambientais sustentáveis por parte de produtores e agroindústrias, há uma maior resiliência nas operações agrícolas, resultando na redução dos riscos de perda de produtividade que podem ocorrer devidos a essas próprias mudanças climáticas, sem falar das possíveis perdas irreversíveis para a humanidade.
Acesso a novos mercados sustentáveis: com consumidores cada vez mais conscientes, práticas ESG abrem portas para mercados sustentáveis, abrangendo uma nova fatia de consumidores cada vez mais conscientes e criteriosos com o padrão de qualidade dos produtos adquiridos na ponta final.
Conformidade com regulamentações: o alinhamento com práticas ESG posiciona as empresas agro à frente das regulamentações emergentes, minimizando riscos legais, e preservando a reputação dos envolvidos.
Dessa forma, as práticas ESG não são apenas um imperativo ético, mas uma estratégia sólida para garantir o crescimento sustentável e a prosperidade no agronegócio e na agroindústria. Ao adotar e integrar essas práticas, o setor aponta para um futuro mais sustentável e eficiente para toda a sua cadeia de produção.
Quer saber mais sobre como as práticas ESG podem auxiliar o seu empreendimento agro? Conheça o portfólio de soluções da SPRO.
